LIBERAIS E CONSERVADORES - ROBSON E HENRIQUE: A POLÍTICA CLIENTELISTA NO RN
O devir eletivo do executivo estadual está na iminência, de um
lado, a mudança; do outro, a força; de um lado, o novo; do outro, o velho; de
um lado, o combate à antiga política, do outro, o conhecimento da experiência.
Vejo essa situação e dela concluo - com convicção – que somos alvo, por parte
desses senhores, de chacota, de jocosidades, de taxações prosaicas acerca da nossa
capacidade de exame e consciência. Como não, se ambos são parturidos no mesmo
ventre pernóstico e venal? Dois lados de uma mesma moeda: de um lado, seis
mandatos legislativos consecutivos – de 1987 até 2012; do outro, 11 mandatos
legislativos consecutivos – de 1971 até hoje.
As faces antiquadas dos velhos políticos - que se "renovam" quando os seus filhos enveredam pelo mundo da "abnegação e dedicação" às causas nobres da política - são resquícios latentes da 1ª fase da nossa história republicana - quiçá da segunda fase do Brasil império, onde dois partidos, liberais (luzias) e conservadores (saquaremas), se revezavam harmonicamente no poder, gerando um ditado que ainda hoje reflete o contexto político: "nada mais parecido com um saquarema que um luzia no poder" - caracterizada pelos currais eleitorais, sinalagma entre o chefete local e o povo imediatamente subordinado.
Assim, somos levados como canoa sem leme ao bel prazer dos detentores dos destinos do povo, num movimento que parece ser legítimo – o movimento das massas atrelando-se a um ou outro candidato – e dele nada possui, pois são as opções possíveis e imagináveis para aqueles que foram inconscientemente lapidados pelos aparelhos ideológicos de controle de insurgência, se mostrando hostil apenas quando se é para defender aquilo que é o nascedouro das nossas máculas sociais e políticas mais profundas, o ancien régime.
Por Jessé Rebouças
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